Saúde
Novos casos farão o Brasil perder seu certificado de país livre do sarampo
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O Brasil perderá o certificado de país livre do sarampo. O Ministério da Saúde informou à Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) o registro de um caso de sarampo endêmico no Pará – ou seja, transmitido entre pessoas que moram na região. Com isso, as infecções por esse vírus se estenderam por mais de um ano, o que inviabiliza a manutenção do certificado, emitido em 2016.
O país iniciará um plano com duração de um ano para retomar o status. Em comunicado, o ministro Luiz Henrique Mandetta informou que as taxas de vacinação caíram muito nos últimos anos e precisam voltar ao patamar de 95% de adesão.
“Nosso plano consiste em encaminhar medidas importantes ao Congresso Nacional, como a exigência do certificado de vacinação, não impeditiva, de ingresso na escola e no serviço militar. Reforçaremos, ainda, o monitoramento da vacinação, por meio dos programas de integração de renda e como norma para os trabalhadores de saúde”, disse.
Outra medida é a veiculação de uma campanha, em abril, para estimular a vacinação contra a doença nos estados do Amazonas, Roraima e Pará, que, desde o ano passado, registram a transmissão ativa do vírus. O foco são crianças de seis meses a menores de cinco anos, público mais sujeito às consequências graves do sarampo.
Os primeiros casos dessa infecção foram identificados em fevereiro de 2018. A partir daí, o bloqueio vacinal foi intensificado, com campanhas específicas em Roraima e em Manaus no primeiro semestre. A campanha nacional para as crianças ocorreu em agosto.
Casos atuais de sarampo
De acordo com o Ministério da Saúde, até 19 de março de 2019, 48 episódios de sarampo foram confirmados no Brasil, sendo 20 importados e 28 endêmicos. Dos casos transmitidos entre moradores, 23 foram registrados no Pará e cinco no Amazonas. Em 2018, 10 326 pessoas foram atingidas pela enfermidade.
E atenção: a vacina contra o sarampo deve estar sempre disponível nos postos de saúde.
Esse problema provoca infecções respiratórias, otites, diarreia e doenças neurológicas. Algumas das sequelas são redução da capacidade mental, cegueira, surdez e retardo do crescimento. Nos casos mais graves, ele pode matar.